Pe. Cristiano em Santa Missão Popular no Bairro da Pedreira, Belém do Pará, Capela Santo Antonio de Pádua.
Tenho certeza de que os jovens, os pobres e até os indígenas (como fico sabendo aqui na paróquia de Redenção) que hoje migram em massa para as igrejas evangélicas não teriam tanta dificuldade de se identificar com nossa Igreja, se soubéssemos ajuda-los a cantar também meses e anos depois das SMP como rezamos hoje (terça feira da primeira semana): “Eu desejo, de toda a minh’ alma, alegrar-me em Deus, Rei dos céus. Bendizei o Senhor, seus eleitos, fazei festa e alegres louvai-o. (Tob 13,7 e 8) e depois no salmo 32: “Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o! Cantai para o Senhor um canto novo, com arte sustentai a louvação!”
Como fazer isso de modo “sustentável” nas comunidades pobres onde não tem instrumentos, onde ninguém é capaz de segurar o canto com voz afinada e firme? Na história da Igreja houve um tempo em que o órgão era considerado instrumento mundano, inadequado para a liturgia, o órgão eletrônico e o violão e o atabaque foram e estão sendo rejeitados por alguns até hoje, sem falar em outros instrumentos. Mas aos poucos estão sendo aprovados. Minha esperança é que a tentativa de criar um clima festivo e de envolver o povo com a tecnologia do playback talvez chegue a ser valorizada um dia como instrumento do “canto novo” e de um “louvor sustentável”, quando faltam tocadores e animadores do canto. Conheço comunidades onde não tem mais nenhum jovem participando, porque não agüentam a ausência total daquilo que em tempos passados era o forte de qualquer celebração.
Transcrevo aqui um texto da Revista "O pão nosso de cada dia", do Padre Antonio José de Almeida, sobre Jo 2,11: “O começo dos sinais de Jesus é substituir a água insípida, incolor e inodora da Lei – que ordena, mas não dá a capacidade de cumprir – pela ebriedade do vinho, que é o amor que Jesus vive e com o qual, pelo Espírito, ele veio nos contagiar. Se a alegria não for maior que o peso e a pena, ainda somos escravos da lei, não conhecemos o amor e o Espírito do Senhor não está em nós”.
Que tal se constasse como item bem importante da fase preparatória da Semana Missionária que a comunidade já tenha aprendido um novo jeito de celebrar, por ex. o jeito do Ofício Divino das Comunidades, com Abertura cantada, com Recordação da Vida, com o canto do Salmo, com a Leitura compreensível e partilhada, com vários ministérios assumidos por uma equipe maior e não pela EUquipe de um só animador?
Só assim poderíamos criar uma prevenção contra a volta ao “normal”, parecida com a “Volta à Grande Disciplina”, depois da euforia e imensa esperança despertada pelo Concílio Vaticano II.
um grande abraço para o padre cristiano ele nos deixou com muita saudade aqui em pilões,que deus sempre ilumine
ResponderExcluirvisite meu blog de noticias de pilões e região
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